quinta-feira, 30 de maio de 2019

Resumão Egito 2019

Antes de toda viagem eu faço um apanhado em vários blogs e alguns livros guias das coisas mais relevantes para se fazer em cada cidade que iremos passar.
A do Egito foi bem legal de fazer e vou colocar aqui, com inclusive as informações dos hotéis e hosteis que ficamos.





Dicas principais pré viagem:
  • Não cheguem com preconceitos no Egito. Não achem que todos querem te passar a perna, mas fiquem BEM atentos sempre, porque tem gente que quer tirar vantagem sim, mas lembrem-se que eles estão numa situação econômica bem difícil, a maioria da população é MUITO pobre, então tenham EMPATIA. 
  • O olhar da maioria das pessoas para nós, gringos, é de curiosidade. 
  • Usar roupas mais largas e com menos decote é apenas para respeitar a cultura deles. Lembre-se que você está no país deles, respeito é muito importante se você viaja para outro país. 
  • Negociar preço é esporte pra eles. Entre no clima e você verá suas lembrancinhas saindo até 80% mais baratas.
  • Pode levar dólar ou Euro. Além das casas de câmbio, existem vários caixas eletrônicos de troca de moeda por todo o país.
  • Quando não quiser o que eles estão te oferecendo (ou quase enfiando em você pra comprar), apenas diga " lá shukraan" (não, obrigado), que eles param. Pode ser sim simpática, mas confesso que fazer cara feia ajuda a afastar os vendedores.
  • Leve hidratante labial e de corpo. É o local mais seco que já fomos na vida.
  • Tudo dá pra fazer sem agência, por conta. Embora nem todos saibam falar inglês, dá pra se comunicar e se fazer entender.
  • Mais importante: faça amizades. Os egípcios são ÓTIMOS.
Vamos lá:

Cairo:

  • Complexo de Gizé. Onde se encontram as pirâmides e a famosa esfinge. O complexo de pirâmides fica no bairro de Gizé e possui duas entradas. A entrada principal está sempre lotada, entramos pela esfinge, que é bem mais vazia (em frente ao KFC). Embora várias pessoas te digam que não dá pra ir a pé até o platô onde se vê as três pirâmides alinhas, é sim possível. Não precisa pegar charrete ou abusar dos camelos. Reservem um dia inteiro pra ir lá. É realmente incrível.
  • Torre do Cairo. Fica no bairro de Zamalek, a torre tem 180m e uma vista incrível no fim do dia. Tem um restaurante rotativo lá em cima.
  • Museu Egípcio. Ideal pra ir no mesmo dia que for na torre do Cairo, eles são bem próximos. Lá tem tudo sobre todas as dinastias egípcias.
  • Bairro Copta. É um bairro cristão no meio do Cairo. Na sinagoga quem tem lá é onde a filha do faraó encontrou Moisés e na igreja é onde a Sagrada família esteve abrigada por dois meses. Dá pra ir de metrô, só descer na estação Mar Girgis.
  • Mercado Kan El Khalili. Um dos maiores e mais antigos mercados do mundo.
  • Memphis. Cidade vizinha ao Cairo, já foi capital do Egito baixo e Antigo Reino lá pelos anos de 2200 a.C.
  • Citadel of Salah Al-din (Cidadela). Foi sede do governo por mais de 700 anos. Tem 3 mesquitas distintas ( na-Nasir Mohamed – 1318 – mameluca; Suleiman Paxa – 1528 – otomana e a maior de todas, dedicada a Mohamed Ali de 1830). Ir ao terraço em frente ao museu da polícia para ver o estreito labirinto de ruas que levam ao portão de Bab al-Azab. Saindo da Cidadela, passar pela mesquita de Ar-rifai (está enterrado o rei Faruk – último soberano egípcio, e o Xá Reza Pahlevi – último soberano do Irã). Depois ir na mesquita de Aqsunqur (mesquita azul, de 1347). Subir no minarete, é de graça, mas vão querer extorquir a gente. Seguir pelas ruelas de Al-Qahira até chegar ao bairro de Darb – al – Ahmar ( coração do Cairo nos séculos XIV e XV – capital dos mamelucos). Cruzar o portão de Bab Zweila (do século X) e andar pelas ruas antigas até chegar em Al – Azhar (fundada em 970, é uma mesquita-universidade). É a mais antiga universidade em funcionamento no planeta. 
  • Al Azhar Park. É um parque que tem uma vista panorâmica muito boa da cidade, bonita ao pôr do sol.
  • Mesquita de Sultan Hassan. 15LE - mesquita maravilhosa, vale a pena a visita, as mulheres devem cobrir a cabeça e todos devem tirar o sapato para entrar.
  • Praça Tahrir. Principal ponto de encontro da cidade e palco das mais severas manifestações políticas. 
  • Zeinab. Primeira capital muçulmana do Egito. Pegar o metrô até a estação Sayyida Zeinab. Focar na mesquita de Ibn Tulun (de 879 d.C é o mais antigo monumento islâmico em funcionamento no Cairo).

Aswan: Cidade mais ao sul do Egito e que é o oposto do Cairo, serena e bem mais organizada. Para chegar até aqui, a melhor maneira é tomar um avião, a partir do Cairo. O voo é bem rapidinho, durando cerca de uma hora.
Chegamos em Aswan de Trem, a partir do Cairo. São em média 13h de viagem. O link para compra do trem é Egyptian National Railways


  • Templo de Philae: incrível templo dedicado à Ísis, deusa da maternidade e da fertilidade.
  • Passeio de Feluca. Na corniche de Aswan você contrata uma feluca para fazer passeio no Nilo. Altamente negociável! Velejando, passa-se 2h no Nilo em média, após ir Jardim botânico e volta. Tem pernoite também. À noite fica friozinho.
  • Obelisco Inacabado:  monumento grandioso que confunde estudiosos até os dias atuais sobre seu modelo de construção e origem.
  • Grande barragem de Aswan. Famosa obra de engenharia de mudou o curso do Nilo e originou o Lago Nasser.
  • Abu Simbel. Na fronteira com o Sudão, são quase quatro horas de viagem. Exatamente 280 quilômetros cortando o deserto do Saara. Um dos complexos arqueológicos mais impressionantes e importantes do Egito. Aqui está o templo de Ramsés II e sua esposa Nefertari. 

Luxor: Esta cidade egípcia é a coisa minha linda e enigmática que se pode conhecer. Com templos maravilhosos e uma história ímpar, Luxor foi, no passado, a capital oficial do império egípcio, a intrigante Tebas. O ideal é ficar por aqui uns 2 dias inteiros.

Fomos para Luxor também de trem. São umas 4h de viagem.

Ficamos no Al Hambra Hotel, no West Bank.

  • Templo de Karnak. Maior templo de todo o Egito e foi dedicado principalmente a Amon-RA, o deus maior da mitologia egípcia. (Não pegar excursão, tentar ir sozinho com guia, porque aproveita bem mais – entre meio dia e 13h o templo ta vazio).
  • Templo de Luxor. Templo dedicado ao deus Amon, é o único monumento do mundo que contém construções e intervenções de inúmeras épocas, como faraônica, greco–romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma mesquita. 
  • Templo de Hatshepsut. Templo de uma das únicas faraós (mulher) que o Egito já teve. É maravilhoso. Este templo fica mais distante e para chegar até lá você pode pegar um táxi ou contratar um tour de um dia. Tuk-tuks também podem ser uma opção.
  • Vale dos Reis e das Rainhas: Complexo arqueológico localizado entre as montanhas. Aqui se encontra mais de 60 tumbas de grandes faraós da nova dinastia, inclusive a de Tutancâmon.
  • Passeio de Balão:  sobrevoe o Vale dos Reis e das Rainhas durante o nascer do sol.
  •  O templo de Edfu, no caminho para o Vale dos Reis, é bem interessante. Dedicado a Horus, o deus cabeça-de-Falcão. 

Dahab: Cidade na península do Sinai, no mar vermelho.

Fomos para Dahab de ônibus até Hurghada ( Go Bus ) e de avião até Sharm el Sheik ( Egyptian Air).

Ficamos no Sindbad Camp.

  • Subir o Monte Sinai. Os passeios para subir o Monte Sinai partem de Dahab às 23h. A chegada até a base acontece por volta das 2h da manhã e a subida dura em torno de 4 horas. Você chega no topo do Monte Sinai no nascer do sol. E na descida você ainda poderá visitar o Monastério de Santa Catarina.
  • Alugar bike e dar umas voltas pela cidade. Mas venta bastante.
  •  Toda a orla central da cidade é cercada por restaurantes, tendo apenas alguns poucos pontos que dão acesso ao mar. Você pode aproveitar o Mar Vermelho dentro d’água ou basta escolher um dos inúmeros restaurantes da orla e desfrutar de uma ótima infraestrutura, com preços justos, comida boa e até cerveja gelada. As praias do centro de Dahab possuem pequenas faixas rochosas. Mas se você curte praia com areia basta caminhar por 40 minutos em direção a Laguna – passe a Laguna e continue caminhando. Por lá você encontrará uma praia quase deserta com uma boa faixa de areia.
  • Fazer snorkeling em Eel Garden. é só alugar os equipamentos, que são bem baratos, em qualquer agência de mergulho que tem aos montes pela cidade.
  •  Ver tartarugas em Ras Abu Galum. Em Ras Abu Galum você poderá ver tartarugas, corais e diversas espécies de peixinhos coloridos. Em Dahab você consegue contratar passeios de 1 ou 2 dias para Ras Abu Galum. 
  • Blue Lagoon: Onde fica o El Omda Camp, que passamos uma noite. Um passeio até Ras Abu Galum quase sempre inclui uma passadinha em Blue Lagoon. 
  • Fazer um passeio até Three Pools. Mergulho e snorkeling são as principais atividades a se fazer por lá. De Dahab até Three Pools são 10 km e, a depender de sua disposição, dá para ir de bicicleta. Tem várias opções para chegar lá.
  • Fazer passeio de Quad Bike. Andar de quadriciclo pelo Sinai foi incrível e vale a pena. Custou 12 dólares um passeio de 2h.
Qualquer dúvida, só deixar comentários aqui embaixo.







quarta-feira, 24 de abril de 2019

Um amor pelo Egito

E aconteceu mais um bug de passagens aéreas, dessa vez para o Egito. Compramos e começou a saga para fazer o roteiro. Decidimos ficar as duas semanas inteiras apenas no Egito e no fim, ficou assim:

* 03 dias no Cairo
* 02 dias em Aswan
* 02 dias em Luxor
* 05 dias em Dahab
* 01 dia no Cairo

As opções de translado dentro do Egito são via aérea (A Egyptian Air e a Nile Air são as que fazem os principais trechos, pesquisamos no skyscanner e o preço pode diminuir muito faltando 1 semana pra viagem, ou pode se manter igual não importa a antecedência), via terrestre (ônibus) ou linha férrea ( as linhas de trem vão de norte a sul, passando por todo o Nilo) ou o famoso cruzeiro pelo Nilo.
Vou fazer o relato com apenas os meios que escolhemos, que são trem, ônibus e avião.

1º dia (06/04/19): Vôo GRU - ADD

Fomos de Ethiopian Airlines, então a parada na Etiópia era obrigatória. O avião é bom, espaçoso e as comidas são ok. Serviram vinho e cerveja à vontade. Então fizemos umas amizades e logo ficamos bebendo vinho em pé no corredor. Chegamos no aeroporto de Addis Ababa e já nos encaminhamos para o portão de embarque para o Cairo. Nosso voo chegaria no Cairo na madrugada do dia seguinte.

2º dia (07/04/2019): Cairo

Primeira vez no Nilo
Chegamos às 3h da manhã no Cairo. O visto custa 25 dólares e é um adesivo que você compra assim que sai do avião. Depois de passar pela imigração oficial, que é bem tranquila, tem uma segunda "imigração", que são uns policiais vestidos à paisana que pegam nosso passaporte e fazem algumas perguntas (o que você faz no Brasil, quanto tempo vai ficar aqui, onde vai visitar, etc.), para a gente foi bem tranquilo, não durou 1 minuto, mas costumam encher mais o saco de sul-americanos (problemas principalmente com drogas). Assim, que passamos por isso, pegamos nossa bagagem e compramos um chip da Orange para ter internet e conseguir chamar um Uber (lá o Uber funciona bem, e é bom que qualquer problema dá para reclamar no app). O chip com 20 Gb de internet custou 10 dólares. Tem na saída do aeroporto uma loja da Vodafone, que também funciona 24h. Ambas as companhias são as que melhor funcionam no Egito. Trocamos algum dinheiro no banco no aeroporto mesmo, a cotação é igual em todo lugar, já que não são as casas de câmbio que fazem a troca e sim os bancos. Mas como é fácil achar caixa eletrônico que faz a troca do dinheiro, sugiro trocar aos poucos.

Depois de uma saga para conseguir que a internet funcionasse, chamamos um Uber e chegamos no nosso hostel. Ficamos no Tahrir Square Hostel, ele é bem legal por dentro, mas do lado de fora você assusta. Todos os prédios do Downtown são bem antigos e sujos. O hostel não tem placa, então tem que se guiar pelo número. Conseguimos ficar em um quarto privado, o que foi bom já que chegamos de madrugada. Custa em média 30 dólares a noite para duas pessoas.


Museu Egípcio
Apenas damos uma rápida cochilada e já levantamos para explorar a cidade. Encontramos o Augusto e o Danilo, dois amigos brasileiros, e logo fomos dar uma volta pela região. Fomos num parque no Zamalek em frente ao Nilo (dizem que à noite bomba de turistas, mas durante o dia é bem vazio e sem graça) e depois de encontrarmos o Joe (amigo egípcio que conheci no Couchsurfing) fomos para o Museu Egípcio (180 LE o ingresso). Embora o museu seja bem largado, empoeirado e desorganizado, é bem legal para ter uma introdução da história do Egito antes de descer e conhecer de perto todos os templos. Eu adorei. Fomos almoçar no Felfela, um restaurante famosinho no Downtown mas que não achamos nada demais. É conhecido como o melhor falafel do Cairo. Depois fomos em um coffee shop com o Joe tomar café turco e fumar Shisha (é só um aromatizante na água que gera uma fumaça com sabor). Encontramos o Belal, que também conheci no CS e foi demais trocar ideia e conhecer melhor o povo egípcio. Adoramos eles.
Como ainda era cedo, decidimos ir para o rooftop do Carlton Hotel  (21 26 July St, Downtown، Al Azbakeyah) assistir ao pôr do sol e tomar uma cerveja para comemorar a chegada. Depois experimentamos pela primeira vez o famoso Koshari da Abou Tarek. Como nosso arroz com feijão, é uma mistura de lentilha com grão de bico e macarrão, com cebola frita e molho de tomate. Eu amei, Giovanna não curtiu tanto.
A primeira impressão do Cairo foi um pouco assustadora. A cidade é realmente caótica. O trânsito é bizarro e não tem faixa de pedestres, para atravessar a rua é uma aventura a parte. Só ir atravessando e rezando. A poluição sonora com a "cultura da buzina" é sinistra. Mas depois chegamos à conclusão de que dá para acostumar. hehehe


3º dia (08/04/19): Cairo

Acordamos cedo e decidimos ir pro Old Cairo. A Lídia, que trabalha na recepção do hostel e é brasileira, nos sugeriu de irmos ao bairro Copta  de metrô e depois pegar um Uber para a Citadela. Assim fizemos. O metrô funciona bem por lá, o negócio é evitar os horários mais lotados (de manhã cedo e fim da tarde) e levar dinheiro trocado. O cara do guichê gritou algo em árabe comigo que acredito que seja porque não dei dinheiro exato. Você tem que falar pra onde vai porque o valor varia de acordo com o destino. Além disso guarde sempre o ticket, você irá usá-lo para sair da estação.
Chegamos no bairro Copta, que é um bairro cristão no centro do Cairo e é onde a filha do faraó encontrou Moisés e onde a Sagrada Família esteve abrigada. É bem emocionante. Virando à direita você encontra a primeira igreja e adentrando a região, encontra várias outras além de sinagoga e mais pra frente uma mesquita. A primeira coisa que você irá observar aqui é a segurança. Foi nosso primeiro contato com o exército armado e revistando nossas bolsas. Mas a sensação que dá é de segurança e não de medo. 





Mohamed Ali Mosque

Depois pegamos o Uber para a Citadel of Salah Al-Din (160 LE). Ficamos meio perdidas, para variar, mas chegamos na entrada. A Cidadela foi sede do governo por mais de 700 anos. Tem 3 mesquitas distintas ( na-Nasir Mohamed – 1318 – mameluca; Suleiman Paxa – 1528 – otomana e a maior de todas, dedicada a Mohamed Ali de 1830) e museu da polícia, que tem um minarete legal para ter a vista da cidade toda. Lá encontramos nossos primeiros fás mirins. hahaha. Aparecia uma excursão de crianças e logo todas queriam tirar selfie com a gente. Nunca iremos entender o motivo. Saindo da Cidadela, passamos pela mesquita de Ar-rifai (está enterrado o rei Faruk – último soberano egípcio, e o Xá Reza Pahlevi – último soberano do Irã). Estava bem vazia, só nós duas de turistas. Se paga uma taxa para entrar.
Voltamos para o hostel em seguida de Uber. Estávamos exaustas e famintas.

mirante na Citadela
No fim do dia fomos em outro rooftop beber Estella com o Mido, dono do nosso hostel, encontramos o Tyler, o mesmo amigo que foi com a gente pra África do Sul e o Pedro, que seguiria viagem com a gente.

4º dia (09/04/2019): Complexo de Gizé e trem para Aswan

Acordamos cedo e fomos para a atração mais esperada do Cairo, as pirâmides de Gizé. Pegamos o metrô até a estação de Giza e depois de sermos engabelados por um local chegamos ao complexo. Custa 160 LE a entrada. Chegamos dando de cara com a esfinge e arrepia só de olhar. Fizemos todo o circuito pelas pirâmides e pelos mirantes a pé. Não recomendo mesmo andar de camelos ou cavalo, os bichos são muito sofridos e dá muita tristeza ver como são machucados e maltratados.
Andar pelo lugar é uma experiência incrível. Amamos demais.

No fim do dia voltamos de Uber para o hostel e nos preparamos para pegar o trem das 19h para Aswan. Compramos os tickets com antecedência no site Egyptian National Railways (o site pode ser acessado em inglês. É só fazer cadastro e comprar. Bem fácil). Compramos 1ª classe, mas não faz muita diferença pra 2ª não. rs. 








                   
 5º dia (10/04/19): Aswan

Acordamos chegando em Aswan. Cidade mais ao sul do Egito e é o oposto do Cairo, serena e bem mais organizada. Ficamos no Old Nubian Guest House (50 euros a noite para duas pessoas). Eles tem serviço de transfer, nos buscaram na estação de van e levaram de barco até o hotel. Ele fica em uma ilha e é bem legal. O gerente é o Mostafa e uma das pessoas mais legais que já conheci. Depois do café da manhã, com a ajuda do Omar, outro amigo que fizemos antes de ir, contratamos um barco para nos levar até ao Templo de Philae, incrível templo dedicado à Ísis, deusa da maternidade e da fertilidade. Depois fomos à Grande Barragem de Aswan, famosa obra de engenharia que mudou o curso do Nilo e originou o Lago Nasser (que tem crocodilos!). À tarde fomos passear na vila núbia (aquelas coisas feitas para o turista sabe?) e depois fomos pro hotel.






6º dia (11/04/2019): Abu Simbel e nadando no Nilo

Combinamos com um amigo do Omar de nos levar até Abu Simbel às 05h da manhã em um carro privativo (custou 1.150 LE para nós três mas existem vários serviços de ônibus e vans oferecidos pelos hotéis). A viagem dura cerca de 3h e meia numa estrada bem reta no meio do Saara. Fomos parados umas 4 vezes em check points do exército. Mais uma vez a sensação que dá é de segurança e não de medo.
Abu Simbel é um dos complexos arqueológicos mais impressionantes e importantes do Egito. Aqui está o templo de Ramsés II e sua esposa Nefertari. Os detalhes, as expressões das estátuas e a imponência de suas fachadas que chegam a 33 metros de altura são de deixar de queixo caído. Custa 200 LE para entrar.

Como estávamos em tour privado, podíamos escolher a hora de voltar. Umas 11h da manhã decidimos voltar para Aswan. Depois de almoçar e dar uma volta pelo centrinho da cidade (onde aproveitamos para comprar o ticket de trem para Luxor, no dia seguinte) voltamos pro hotel. O Mostafa nos chamou para ir nadar no Nilo ao pôr do sol, claro que aceitamos e foi uma das coisas mais incríveis que fizemos. Fomos para uma pequena ilhazinha isolada que tinha dois pés de goiaba e nadamos até o sol se pôr. A água é bem gelada, mas não perdemos a oportunidade.


Mostafa


 7º dia (12/04/19): Luxor

Pegamos o trem para Luxor às 07:30h. Chegamos por volta das 11h e pegamos o ferry para o West Bank onde era nosso hotel. Vale a pena ficar nessa região se for passar mais tempo pela cidade, já que é bem mais calmo por lá, com menos pessoas oferecendo taxi e charrete o tempo o todo, além disso tem a barca pública que faz o trajeto 24h por dia entre as margens leste o oeste do Nilo e custa apenas 5LE cada trecho, mas ficando poucos dias, como nosso caso, valeria a pena ficar no East Bank. Chegamos e encontramos com os amigos brasileiros que conhecemos no voo (Jonas e Luis <3) e fomos juntos para o Vale dos Reis e Rainhas, complexo arqueológico localizado entre as montanhas. Aqui se encontra mais de 60 tumbas de grandes faraós da nova dinastia, inclusive a de Tutancâmon (não curtimos, é caro e só dá direito a entrar em 3 tumbas, que nem são as principais) e o Templo Hatshepsut, templo de uma das únicas faraós (mulher) que o Egito já teve, que adoramos. Como éramos 5 pessoas, negociamos um táxi para nos levar e não fechamos tour. Valeu a pena. Terminamos o dia no hotel dos meninos, curtindo a piscina e umas cervejinhas.


8º dia (13/04/19): Luxor

Descansamos na parte da manhã e à tarde fomos andando até o templo de Karnak, maior templo de todo o Egito e foi dedicado principalmente a Amon-RA, o deus maior da mitologia egípcia. Entre meio dia e 13h o templo está bem vazio. Chegamos nesse horário. É maravilhoso e gigantesco. Dá para passar várias horas lá. Mais uma vez fomos atração da excursão infanto-juvenil e distribuímos selfies. Hahahhaa..

Depois fomos para a cidade comer em uma pizzaria indicada pelo Augusto e logo encerramos o dia. Não fomos ao Templo de Luxor porque não aguentávamos mais templos e também porque esse ficava no meio da cidade e conseguimos ver bem por fora. Ele pareceu mais abandonado e em ruínas.



9º dia (14/04/19): Ônibus para Hurghada e avião para Sharm El Sheik e Dahab

Compramos o ônibus das 08h para Hurghada onde sairia nosso voo para Sharm El Sheik. Compramos on-line na Go Bus (site também super fácil de mexer). A rodoviária do Go Bus fica em frente à estação de trem, no East Bank. É só mostrar o print da passagem. Chegamos em Hurghada e já pegamos um taxi para o aeroporto (o terminal da Egyptian Air é o 2). Depois de muitas revistas policiais, pegamos nosso voo que durou exatamente 15 minutos, até Sharm El Sheik.
De lá negociamos um taxi para Dahab (se for pra Dahab, sugiro combinar um transfer com seu hotel, o valor do taxi em Sharm é extorsivo!!!).
Ficamos em Dahab no Sindbad Camp (achamos no Facebook). É tipo uma colônia Hippie a beira mar. O Augusto já estava lá nos esperando, demos uma voltinha pela cidade, que é bem fofa e depois fomos dormir.

10º dia ( 15/04/19): Dahab <3

Acordamos mais tarde e ficamos de preguiça. Acho que cidade praiana inspira essa arte de fazer nada. Depois fomos tomar um brunch em um dos muitos restaurantes à beira mar. Deitamos na espreguiçadeira e lá ficamos a tarde toda. O mar vermelho é a coisa mais linda. Embora as areias não sejam brancas (é só pedra mesmo), a cor da água é de um azul inexplicável. Depois de muita preguiça, fechamos um passeio de Quad Bike de 2h de duração, que iria até as montanhas do Sinai, pararia em uma vila de beduínos e depois no mirante da cidade. O passeio foi às 16h, éramos umas 20 pessoas e foi legal demais. Adorei e já quero um quadriciclo.
Depois fomos para o centrinho, jantamos e pegamos umas cervejas para beber no Camp.

11º dia (16/04/19): Dahab


Hoje decidimos fazer snorkel. Alugamos o equipamento numa lojinha e fomos para Eel Garden. Sentamos em um restaurante em frente ao mar e por lá ficamos. Foi indescritível. Tem uma vida marinha gigantesca e nem precisamos fazer scuba diving para ver muitos peixes e corais. É lindo demais. Ficamos o dia todo por lá e no fim do dia fomos ver o pôr do sol na Lagoon, lado contrário de Eel Garden. Só ir andando pelo calçadão que chega lá. Prepare-se para muuuuuuuito vento.







12º dia (17/04/19): Blue Lagoon

Olhando a Arábia Saudita de boa

Combinamos com o ElOmda Camp  de passar uma noite lá. Fica na Blue Lagoon e era um lugar que estávamos ansiosos para conhecer. Fechamos com a mesma agência da Quad Bike de nos levar pra lá e depois nos buscar no dia seguinte (em princípio ficaríamos dois dias, mas é tempo demais). Custou 15 dólares. O Camp, com café da manhã e janta custa 300 LE por pessoa. Fomos de carro até o Blue Hole e depois de barco (muita emoção e ondas e 300 pessoas num barco pequeno) até Abu Galum e depois outro carro até a Blue Lagoon. Lá é o paraíso do KiteSurf e WindSurf e um dos lugares mais bonitos que já vi na vida. Tem casinhas onde ficamos e é bem confortável, mas não tem chuveiro quente (que sá tem água) e você usa o banheiro olhando as estrelas (entendeu porque não rola de ficar mais de um dia?). Foi incrível. Fizemos amizade com um dos donos do camp, o Omda e ficamos só curtindo a arte de fazer nada, olhando as pessoas fazendo kite.

13º dia (18/04/19): Blue Lagoon e Dahab




Tomamos nosso lanche da manhã e fomos no mirante para ver o paraíso de cima. Foi incrível! Depois passamos a tarde inteira no Camp (fiz até Kite nas costas do Omda) e no fim do dia, como combinado, nos buscaram lá (viva Mohammed ou Aid, ainda não sabemos o nome certo). Voltamos com 3 garotas egípcias lindas que são professoras de espanhol no Cairo e gastei todo meu portunhol com elas. Amei conhecer meninas egípcias e desfazer todos os meus conceitos, mesmo tendo visto elas nadando de burca, percebo como são modernas e interessadas em todas as culturas, espero ver Amany novamente, quando ela realizar o sonho de viajar pela America do Sul (queria ter tirado uma foto com ela).

À noite saímos com o Omda para vários bares e nos embebedamos de verdade. Começamos a nos despedir da cidade e do paraíso perdido no Egito.



14º dia (19/04/19): Dahab e volta ao Cairo

Depois de um café da manhã mara no Every Day (nosso lugar favorito de panquequinhas,, <3) fomos mais uma vez para Eels Garden, mas como o dia estava mais frio, ficamos só atoa por lá mesmo. A despedida da cidade foi triste porque amamos demais o lugar. Comemos no nosso chinês favorito (ok, comida egípcia não é nosso forte) e fomos pegar o bus de volta para o Cairo. Compramos a passagem de 21:30h e partimos, congelados, para o caos.

15º dia (20/04/19): Cairo e a volta para casa

O Augusto tinha reservado um hotel em Heliópolis, um bairro no New Cairo, mais próximo ao aeroporto. Fomos com ele e decidimos pegar uma diária também, para poder dormir e tomar banho. Chegamos às 5h da manhã e já fizemos check in e desmaiamos na cama. No almoço decidimos ir para o shopping City Stars. Foi legal ver uma parte "normal" dentro do caótico Cairo. Tem todas as lojas conhecidas, desde Zara até outras europeias. Depois encontramos o Jonas e o Luis para eles deixarem as malas no nosso hotel (voltamos no mesmo voo) e sair para comprar lembrancinhas. Encontramos o Belal e como eu não tinha ido ainda ao Mercado Khan el Khalili (um dos maiores e mais antigos mercados do mundo, se acha tudo por lá, tudo mesmo), decidimos ir andando até lá. É realmente uma atração à parte. Uma confusão de gente, carro, animais... eita atrás de eita. Mas chegamos e conseguimos uma lojinha com preço tabelado (eu realmente fugi da arte de negociar egípcia, deteeeeeesto isso) para comprar uns souvenirs (alguns de procedência duvidosa ~ China ~ e alguns de gosto muito duvidoso). Finalizamos o dia no Downtown, fumando Shisha e comendo sanduíche do Kazaz.
Às 23h nos despedimos e fomos pro aeroporto. E assim acabou nossa viagem maravilhosa.



Aprendemos que no Egito regras? Não há regras. Mas que as pessoas são amorosas, prestativas, fizemos amizades que ficarão sempre no nosso coração, vimos lugares que nem meu cérebro acreditava que meus olhos estavam vendo, vimos a história em sua essência. Tudo de negativo que nos falaram, foi por água abaixo. Só vimos o lado positivo, inclusive no caos e desordem. Nos sentimos seguras O TEMPO TODO, mesmo como mulheres sozinhas em um país muçulmano. Religião, aliás, que nos surpreendeu, nos acolheu mesmo sendo cristãs. Nunca me esquecerei dessa viagem. E sim, me apaixonei pelo Egito.




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

4 dias em Capitólio / MG

Capitólio se tornou um destino famoso aqui em Minas por conta das cachoeiras e águas cristalinas da Serra da Canastra mas a principal atração é o Cânion de Furnas, formado pela represa da Hidroelétrica de Furnas.
Pra chegar, alugamos um carro, o que eu achei super necessário para curtir todas as atrações naturais de lá, tendo em vista que tudo leva tempo e longo deslocamento para chegar.
Nós alugamos uma casa no Condomínio Escarpas do Lago, que fica bem pertinho da entrada da cidade, que é bem pacata, dessas de interior de Minas mesmo. Já o condomínio, cercado pelo lago, é outro esquema. Tem desde mansões com piscina, churrasqueira e acesso direto ao lago (com iate  e tudo), até casas mais simples (mas com piscina e churrasqueira!) e super em conta.

Achamos essa casa no AirBnb e valeu super a pena. Fomos num grupo de 6 amigos e ainda fechamos com o dono da casa o passeio de 7 horas de lancha (que ele tinha também) por um preço super justo (deu uns R$115,00 por pessoa o passeio).

No dia em que chegamos decidimos ficar curtindo a casa e a piscina e foi a melhor opção. Deu pra descansar depois da longa viagem de carro e ainda relaxar para o início das férias. Recomendo DEMAIS ir fora de feriado ou final de semana, se possível. Fomos num domingo e voltamos numa quinta-feira e foi ótimo, tivemos as atrações quase exclusivamente pra gente.

No segundo dia fomos no mirante dos cânions (clássico!!) e almoçamos no restaurante da Lagoa Azul. Acabou que foi ótimo, porque recebemos várias dicas de passeios "diferenciados". Nos deram a dica de irmos no Cascatas Eco Parque e pedirmos para nos indicarem onde fica a "trilha secreta". Foi o que fizemos e acabamos achando a trilha que nos leva para baixo das cachoeiras e definitivamente um dos lugares mais bonitos que já fui na vida. A água é quentinha e a cachoeira principal de tirar o fôlego. Detalhe, só tinha a gente. Foi sensacional. Passamos o dia todo por lá e ninguém queria ir embora.



No terceiro dia fomos fazer o passeio de lancha que tínhamos combinado com o dono da casa. Combinamos de ir meio dia, para conseguir ficar até o pôr do sol. Levaram a gente na cachoeira que fica logo nos cânions e era surreal de linda ( e gelada). Depois fomos na lagoa azul, em vários outros pontos e assistimos ao pôr do sol de dentro do lago, que foi delicioso. Recomendo levar lanchinhos e um cooler com bebidas. Foi o que fizemos e foi ótimo. No meio do caminho levam a gente num restaurante mas achei caro e nada demais.










No último dia, já que na quinta íamos embora cedo, fomos na Cachoeira do Lobo, que fica mais próxima da cidade. Ela fica dentro de uma pousada e tem que pagar para entrar, podendo ter acesso à piscina.  Tem uma trilha de 300m para chegar nela, passando por várias pequenas cascatas. Até que é legal, mas não se compara ao Eco Parque.






terça-feira, 28 de agosto de 2018

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

O parque nacional da Serra dos Órgãos é o terceiro parque mais antigo do Brasil (1939) e um dos melhores lugares para prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros, além de ter cachoeiras incríveis. Possui mais de 200km de trilhas de todos os níveis de dificuldade e a mais famosa delas é a travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30km de subidas e descidas pela parte alta. Já a escalada mais famosa é a do Dedo de Deus e a Agulha do Diabo. O parque foi criado para proteger a biodiversidade deste trecho da Serra do Mar na região serrana do Rio de Janeiro.

Pedra do Sino:


Desde que eu adquiri gosto por trilhas (tudo começou com o Costão de Itaquatiara em Niterói), tive muita vontade de fazer a travessia Petrópolis- Teresópolis na Serra dos Órgãos, mas nunca me considerei apta fisicamente para tal e sempre esperei o momento de "juntar a turma" pra ir. Mas a "turma" nunca surgiu e eu e Giovanna decidimos fazer sozinhas, em 2017, o caminho mais fácil da travessia, que é a Pedra do Sino.


Cachoeira Véu de Noiva
A trilha tem 11km de extensão em mata fechada e leva ao ponto mais alto de todo o parque (2275m). Esse é o percurso mais fácil, ainda que seja mais longo, porque você sobre em zig zag, não tendo tanta subida íngrime. Embora a vista de cima da pedra seja a mais bonita de todas (concorre com os Portais do Hércules, porém os portais são de super difícil acesso), o acesso a ela não é o dos mais bonitos, já que a trilha é toda por dentro da mata. Tem duas cachoeiras recompensadoras no caminho, porém. Eu não sou muito de acampamento e lá no parque tem a opção de ficar nos abrigos, mais utilizados por quem faz a travessia. Conseguimos reservar o abrigo, ficando nos beliches, com antecedência (a reserva é obrigatória até para quem vai acampar, pelo site do parque www.parnaso.tur.br o parque tem limite de visitantes então é bom se organizar antes). A trilha dura por volta de 5 horas, dependendo do condicionamento físico e é super bem demarcada. Fizemos em 3h e meia num ritmo tranquilo, mas sem parar muito. 


Abrigo 4 e amigos que fizemos lá em cima























         

           A época ideal para fazer qualquer trilha no Brasil é o inverno, por conta da escassez de chuva. Fomos em agosto, porém pegamos muita chuva na subida. Quando você compra a pernoite no abrigo, tem a possibilidade de comprar também o banho quente. Vale a pena demais depois de subir na chuva, misturando água com suor. No abrigo você pode usar a cozinha para esquentar água e fazer comida, então não precisa necessariamente levar miojo para se alimentar, dá pra levar algo com mais sustância. 





Acordamos de madrugada para subir até o topo da Pedra do Sino (leva uns 20 minutos do abrigo até lá em cima)  e tivemos o nascer do sol mais bonito de toda a minha vida. Foi deslumbrante e o dia nasceu lindo e com poucas nuvens ( mas estávamos acima delas!!!). 
Recomendo demais subir o Sino e recomendo demais a pernoite para assistir ao nascer do sol. Foi uma experiência incrível e super repetiria.




Castelos do Açu:


Esse ano decidimos subir o lado contrário da Serra dos Órgãos, saindo de Petrópolis. A subida dos Castelos do Açu é mais curta, são 8km, mas é bem mais pesada. É subida atrás de subida, até chegar a 2.232m de altitude. Mas o caminho é bem mais bonito do que o Sino e igualmente bem sinalizado. É cada paisagem fenomenal das montanhas e da mata. Em determinado momento você consegue ver até mesmo a Baía de Guanabara. Fomos eu, Giovanna e Bruna e levamos aproximadamente 5h para completar. O abrigo fica lá no alto (também tem que ser reservado pelo site do parque), perto da pedra da tartaruga e vale o pernoite também (nem consigo imaginar descer aquilo tudo de novo, no mesmo dia). É o primeiro abrigo para quem vai fazer a travessia. Decidimos assistir ao nascer do sol nos Portais do Hércules, mas sem guia realmente é quase impossível (é muito difícil de achar o acesso aos portais, não é bem sinalizado) então paramos na Pedra do Marco e tivemos um nascer do sol lindo também. A descida é BEM puxada e acho que se tivesse feito a travessia talvez não ia ficar tão morta quanto fiquei para descer aqueles 8km de volta. 
Chagando na Pedra da Tartaruga

Nascer do sol na Pedra do Marco


terça-feira, 26 de junho de 2018

15 dias em San Francisco, Napa Valley e Oakland

San Francisco é a cidade mais simples de turistar que eu já fui. Ela é bem pequena e os meios de transporte são super fáceis de utilizar então dá pra conhecer bem toda a cidade e região, usando transporte público.

Fui em maio de 2018 e me hospedei na casa de um amigo, em Oakland, então acabei conhecendo mais a vida noturna de Oakland e o dia a dia de San Francisco.


Então, seguem minhas dicas do que fazer na região.


Dia 01:


1) Conhecer o Ferry Building Market Place (ele é como se fosse o Pier 1). Na parte de trás tem uma vista linda da Bay Bridge. Vale a pena.





2) Tomar um Mojito Iced Coffee no Philz Coffee (tem um na Market Street, em frente ao Ferry Building, mas tem outros pela cidade).



3) Ir andando (ou de bike/patinete) pelo calçadão em direção ao Pier 39. No meio do caminho tem outro Pier que tem uma super vista além de restaurantes super chiques (e caros..heheh)



4) Pier 39, é aquele famoso por concentrar todos os turistas da cidade. Mas eu adorei. Tem várias lojinhas para compra de lembrancinhas (camisas, chaveiros, etc) e restaurantes. Atrás tem um grupo de leões marinhos reunidos fazendo uma barulheira danada. Mas são fofos.





5) Continue andando e você chegará ao Fisherman Wharf. Lá cheio de restaurantes de frutos do mar e onde um comi no In n´Out. Famosa hamburgueria BEM fast food. Eu achei gostosinho, nada demais. As pessoas costumam ir também no Buena Vista Coffee, tomar um Irish Coffee. Fica indo em direção à Ghirardelli Square (famosa fábrica de chocolates californiana, os sorvetes e chocolates são incríveis).







- Tudo isso fica nos Piers, então vale a pena visitar tudo em um dia. Sugiro também comprar o ticket pra Alcatraz (no Pier 37, do ladinho do 39.. bem fácil achar.. mas dá pra comprar pela internet também).


Dia 02:


6) Ir na famosa Lombard Street. Não tem nada demais mas é tão marcante como algo de San Francisco, que vale a pena a visita. 



7) Passear por China Town. Achei super muvucado, mas é a maior comunidade chinesa fora da China, então a cultura oriental tá bem aparente naquela região. 



8) Union Square. É a região de compras em San Francisco. Tem um shopping chique e gigante (Westfield San Francisco Centre) e super lojas de todas as marcas que você imaginar. Além de uma Macy´s enorme também (no rooftoop tem uma Cheesecake Factory). Lá na Union Street eu comi o melhor hamburguer da vida. Chama Super Duper Burguer e é sensacional (pedi com blue cheese <3).





- Você se perde pela Union Street então acho que dá pra encerrar o dia por ali mesmo.


Dia 03:


9) San Francisco City Hall. É a prefeitura, que além de linda fica em frente a uma praça super fofinha. 





10) Subir andando pela Heyes Street até a Alamo Square. A rua é cheia de galerias de arte, lojas de produtos locais, além de casas tradicionais lindas. Vale demais o passeio a pé. E vale um almoço por lá.




11) Alamo Square. É a praça famosa pelas Painted Ladies. É linda e dá pra tirar cada foto linda da cidade por trás das casinhas famosas. 




-Dá pra fazer mais coisas nesse dia, mas sugiro curtir o fim de tarde pela praça e descansar.


Dia 04:


12) De preferência se for final de semana, ir para o Mission District. É o bairro latino de San Francisco. E também o bairro mais descolado. Para quem ama a comida mexicana, é o paraíso. 


13) Comer burrito no La Taqueria. Eleito o melhor burrito dos Estados Unidos (ou algo assim). É uma delícia mesmo.



14) Deitar na grama e curtir o dia todo no Mission Dolores Park. Tem uma vista incrível da cidade. Nos fins de semana fica LOTADO de gente curtindo o sol.






15) Ver os murais de grafite na Clarion Alley. Confesso que não fui, porque estava com locais que não estavam afim de turistar ( e eu só descobri depois), mas parece ser bem legal. Mas legal mesmo é caminhar pelo bairro todo. É cheio de arte por toda parte.


Dia 05:


16) Visita à Alcatraz. Sugiro comprar o ingresso para ir de dia pois dá para fazer muitas coisas a tarde. É bem legal, não deixar de fazer o tour guiado pela prisão, que é sensacional. Lembra muito todos os filmes que se passaram em Alcatraz (se não viu, assista antes de ir A Fuga de Alcatraz, alem de ser um filmaço baseado em fatos reais, se passa lá dentro).








17) Fazer um Pic Nic no Palace of Fine Arts. É a coisa mais linda e fica no caminho para a Golden Gate. TEM QUE IR.


18) Golden Gate. Ir de bike, andando ou de patinete (eles tem por toda parte para alugar).





19) Ver o pôr do sol em Salsalito (do outro lado da ponte) e depois voltar de barco.


Dia 06:



20) Visitar Berkeley. Dá para ir de BART. Descer na estação Downtown Berkeley ou Addison Street sentido campus.

A universidade de Berkley é super famosa e é linda. A biblioteca central é incrível e vale a subida à torre do relógio (Sather Tower) para ver tudo de cima. Eu fiz um pic nic no gramado em frente a biblioteca e curti um pouco o dia por lá.




Biblioteca principal


21) Telegraph Avenue: Rua super alternativa, com lojas de discos, lojinhas hippies, cafés e restaurantes. É uma delicia andar por lá. Tem a famosa loja de discos Amoeba.


Dias aleatórios:


22) Assistir a jogo de basquete em Oakland na Oracle Arena (os Warriors são de lá e pode ser que você encontre sem querer os jogadores na rua ou no bar ou no restaurante. Eu os vi duas vezes) ou de baseball dos A´s (Oakland Athletics) na Oakland Alameda Coliseum.



Oakland Alameda Coliseum

23) Fazer um hiking para Lands End e os Sutro Baths. Esse último foi um completo de entretenimento criado pelo prefeito de San Francisco no século 19. Foi fechado na década de 60 e totalmente destruído pelo fogo. Hoje só existem as ruínas. Da Lands End dá pra ter uma vista bem legal da Golden Gate. Não é um muito cansativo e valeu demais a visita. Pra quem tem tempo, não pode deixar de ir.

Lands End




24) Napa Valley. Visitar uma vinícola. Eu fiz um programa bem legal por lá, que foi ir em um vinícola chamada V. Sattui Winery . Lá tem uma área para pic nic, onde você compra sanduíches e vinho ( e pode fazer degustação) numa delicatessen e levar tudo para o jardim. Fica bem cheio mas o clima é maravilhoso.



Pic Nic em V. Sattui Winery

Meios de transporte em San Francisco:

- Metrô (conhecido como BART). Você paga pela quantidade que for andar. Do lado da máquina que compra a passagem tem os valores dependendo da estação que você quer parar. Pra sair do metro você precisa colocar o ticket na catraca de novo, então cuidado para não perder. Ele vai até ao aeroporto de San Francisco.

- Muni: Meio de transporte da cidade de San Francisco. Tá incluído o Cable Car (é aquele bondinho antigo que passa por toda a cidade de San Francisco. Além de você fazer um passeio bem legal ainda sobe os morros de uma maneira bem mais tranquila do que a pé).

Existem dois passes úteis para quem está em San Francisco para turistar economizando e usando o transporte público> Muni Passaport e CityPass. 


Esse blog explica bem os meios de transporte: https://www.viajenaviagem.com/2016/04/transporte-em-san-francisco-dicas/  mas os valores estão desatualizados

Cable car