domingo, 9 de outubro de 2016

Cusco e Machu Picchu

Cusco - 21/09 a 27/09
Plaza de Armas - Cusco
Depois de 19 horas dentro de um ônibus, que incluiu psicopatas olhando para a nossa cara, vômito na poltrona do lado, greve de taxistas no caminho, escolta policial, agonia de não ter ninguém para conversar e mil filmes depois, chegamos a Cusco. Ficamos no hostel Pariwana de Cusco também, que era super bem avaliado. Ficamos nos primeiros dias em um quarto feminino e conhecemos duas brasileiras, a Letícia e a Vanessa. Depois do longo dia de viagem nos demos de presente um jantar no Morena Peruvian Kitchen, o segundo melhor restaurante de Cusco de acordo com o TripAdvisor. Depois de um vinho ótimo e uma comida excelente (comemos o talharim com pollo saltado e arroz com lomo saltado e frutos do mar) encerramos o dia. Super recomendo o Morena. O preço é muito bom para a quantidade de comida e qualidade.

Morena

Acordamos cedo no dia seguinte para comprar o trem para Machu Picchu. Sim, foi em cima da hora e todo mundo apavorou a gente. Mas deu tudo certo. Depois de comprar o trem na agência da Peru Rail na Plaza Regocijo ( a passagem do trem é BEM cara e realmente é bom se preparar para a facada.. foram 130 dólares ida e volta, saindo de Ollantaytambo) andamos um pouco pela região, conhecemos a Plaza de Armas durante o dia, fomos na Igreja de São Francisco e fomos em uma das mil feirinhas que tem pela cidade comprar mais lembrancinhas. Recomendo deixar para comprar tudo no Mercado San Pedro. É tipo um mercado municipal que tem de tudo, desde artesanato até cuy no palito. Quando saímos para almoçar acabamos encontrando o italiano da Laguna 69 (essa coincidência acontece o tempo todo no Peru, encontramos as pessoas do início da viagem no fim sem querer várias vezes). Ele estava esperando a Patrícia e acabamos saindo todos para almoçar (eles desencontraram e acabamos ajudando o amor a acontecer <3). Almoçamos em um dos micro restaurantes de 15 soles o menu e a Lilian pediu o tal cuy (também conhecido como porquinho da índia e que se assemelha a um RATO). Mas obviamente ela arregou e causou no restaurante quando veio o 1/4 de cuy(pernas ou braços) que ela cismou que eram as orelhinhas e os olhinhos piscando para ela. O italiano trocou de prato com ela, sem ter noção o que era cuy... A Patrícia não arregou e comeu tudo. Eca! Depois demos voltar para comprar mais lembrancinhas e acabamos mostrando para o italiano (ele tem nome! Chama Antonio) o que era cuy e ele deu um chilique que comeu um RATONNNNN. Mais uma pala para a viagem. hahaha. O italiano decidiu continuar a viagem dele com a Patrícia e achamos super romântico e incentivamos (e morremos de preocupação com ela depois)! Voltamos para o hostel e acabamos fechando o passeio do dia seguinte, para o Vale Sagrado, com a agência do hostel (custou 30 soles e todo mundo da excursão pagou 25.. não vale a pena comprar nesse hostel nada, tudo muito mais caro e injusto!). Depois fomos todos tomar café e o Antonio não parou de falar nem um segundo. Até derrubou todo o copo de capuccino dele sem nem tomar um gole (de tanto que falava). Mais uma pala de rir. No fim do dia compramos um lanche para levar na excursão, pois tínhamos recebido dicas de que não valia almoçar no restaurante que eles levam, que é caro e ruim. Nessa noite tinha karaokê no hostel e a Letícia colocou pilha de irmos. Não nos arrependemos. Demos um show (porque brasileiro sempre causa e não tem vergonha na cara.. temos que fazer jus à nossa nacionalidade!!). Subimos na mesa e tudo. Rolou até um trenzinho durante o ilariê que a Letícia cantou. Foi muito engraçado.

Letícia, Lilian, Richard, Giovanna, Ana, eu e Edu
No dia seguinte acordamos cedo para o passeio e a Letícia, que ia pegar o trem para Machu Picchu aquele dia, foi com a gente. Logo fizemos amizade também com o Richard, um brasileiro que estava no nosso hostel, e com o Edu, um espanhol louco que mora em Londres e foi quem nos fez rir o passeio inteiro. O tour começa às 08:30h da manhã e o trajeto é: Pisac, Urubamba (para almoço), Ollantaytambo e Chinchero. O ingresso parcial para o dia custa 70 soles e paga na entrada de Pisac. O passeio é todo MUITO comercial. O guia que nos levou era o Alex e ele era suuuuper dramático na narração dos casos. Primeiro ele nos leva numa feirinha de artesanato (como se já não tivéssemos ido em 50 mil iguais) e depois vai para Pisac, lá é bem legal, ele introduz bem a história dos incas. Mas depois pára numa rua de comércio de prata e fica mil horas na rua dos restaurantes (caros) para almoço. Depois, rápido como um raio estamos em Ollantaytambo para conhecer o Vale Sagrado e, após uns minutos de explicação sobre o deus Athos (mentira, o nome era outro só que sabe-se lá porque cismamos que chamava Athos e fomos zoadas pela excursão toda) ele nos deu 30 minutos para explorar o negócio todo. Juro que ficamos mais tempo no negócio de prata do que no Vale Sagrado. Ficamos todas indignadas. Em Ollanta nos despedimos da Letícia. =~ e fomos para Chinchero, onde, ao invés de conhecer algo interessante, ele nos levou numa fábrica de tecidos caríssimos e numa igreja, a única que sobreviveu ao terremoto, onde tinha uma pintura de virgem Maria trabalhando. Obvio que Edu fez graça o tempo todo e mal prestamos atenção em alguma coisa da igreja. No ônibus tinha um francês com a namorada peruana. Ele olhava tanto para a gente que dava nervoso (nos vimos de novo no free shops em Lima). Nessa noite jantamos todos juntos em um restaurante bem mais ou menos.

Letícia, Lilian, Giovanna, Ana Paula e eu em Pisac
Vista do Vale Sagrado

Acordamos mais tarde no dia seguinte, fizemos check out do hostel, fizemos nossas compras para Machu Picchu (todos nos alertaram que os preços em Águas Calientes eram exorbitantes, então melhor levar os lanches e água desde Cusco) e fomos procurar uma van coletiva, que a moça da agência da Peru Rail, nos disse que nos deixaria em Ollantaytambo por 10 soles. Quando chegamos na rua indicada encontramos um gringo (lá é muito fácil saber quem é gringo) parado na esquina fumando. Ele falou que era espanhol e estava procurando a van também pois o trem dele era o mesmo que o nosso (o detalhe é que ele nem tinha entrado na rua para procurar ainda e parecia que estava esperando um milagre se operar na vida dele). Uns taxis nos ofereceram para levar por 15 soles cada, mas como somos muito boazinhas 3 segundos depois de conhecer o espanhol não íamos largar ele lá, então fomos procurar o tal coletivo. Depois de muita briga entre os taxistas, entre o taxista e um cara que tava tentando nos ajudar e tal e de o espanhol, o único que fala a língua local, não ajudar em nada, conseguimos achar a tal van para Ollantaytambo. Descobrimos que o espanhol chamava Javier e fomos almoçar juntos em um dos restaurantes charmosos na pracinha em Ollanta. De lá seguimos direto para a estação de trem (é tudo pertinho por lá) e fomos no Vistadome. Javier estava em um vagão diferente do nosso então nos separamos. Pegamos o pior lugar do trem e não vimos quase nada da paisagem bonita. Chegamos em Águas Calientes depois de um pouco mais de 1h de trem e adoramos o lugar. É pequena mas uma graça!! Logo saímos em busca de um hostel e com ajuda de um menino que trabalha em um restaurante, achamos um hotelzinho por 40 soles a noite por pessoa. E ele ainda falava português (carioqueixxx) e ficamos em dois quartos duplos, com banheiro super limpo e moderno. Foi muuuito bom. Chama The Tayta e fica subindo a rua da praça principal. Super bem localizado. Saímos para comprar o bilhete do ônibus que sobe para a entrada do parque. É bem caro também, 24 dólares ida e volta. Tem que comprar antes se você quer subir bem cedo no dia seguinte e não tem fila à noite para comprar. Imprimimos o ingresso da Ana Paula no Ministério da Cultura, ela tinha esquecido. Foi bom para acharmos a tal pracinha e é uma delícia andar por lá. Jantamos em frente ao hotel e acabamos encontramos sem querer Javier novamente (ele tava com olhar perdido andando pela rua). Bebemos um pisco sour juntos e depois fomos todas dormir.
Pracinha principal em Águas Calientes

Dia de Machu Picchu. Acordamos 03:45h para entrar na fila e subir em um dos primeiros ônibus. Acaba que são uns 30 ônibus então quem chegou mais tarde que a gente na fila (chegamos umas 04:30h) não ficou tão para trás. O percurso dura no máximo 25 minutos até a entrada do parque. O único banheiro é do lado de fora, mas a entrada dá direito a entrar e sair algumas vezes. Compramos o ingresso para subir HuaynaPicchu no primeiro horário (às 7h) e saímos em busca da entrada para Huayna. Acabamos nos perdendo na neblina e demoramos um pouco para chegar (o tempo tava horrível!!!). Depois uma senhora nos ajudou e chegamos na entrada. Fica fechada a entrada da trilha até dar o horário certo. Depois começa a subida. É bem íngreme, cheia de degraus e tem hora que fica 90º e você vai se apoiando no degrau de cima para continuar a subida. Mas dizem que dura 1h a subida, para nós durou 45 minutos e não foi tão pesada (estávamos bem aclimatadas com a altitude depois de toda a saga e não sentimos nada, só o cansaço natural da subida mesmo). Quando chegamos no topo... tava tudo nublado e não vimos nada. Fizemos promessas de abstinência de coisas que gostamos para o céu abrir. Abriu quando estávamos descendo e conseguimos ver um pouco da vista acima de tudo. Foi bem legal. Depois descemos e andamos pelas ruínas. Que lugar, que energia. É um lugar sensacional mesmo. Achamos uma grama e almoçamos deitadas lá. Dá vontade de ficar por ali para sempre. Muito bom. Depois encontramos sem querer Javier de novo, que estava sentando desenhando. Obvio que dei uma zoada e continuamos andando (a gente tava tentando ir no Templo do Sol) e no caminho encontramos um brasileiro, o Thiago, que disse que tava muito nublado e não dava para ver nada de lá. Decidimos voltar com ele e, pelo horário, fomos pegar o ônibus de volta para Águas Calientes já que a fila estava ENORME e nosso trem era às 18h. Entramos na fila umas 15h e quando eram umas 15:30h e estávamos um pouco depois da metade do caminho, vimos Javier, que tinha que pegar o trem às 16h, andando a esmo pelo local, com olhar de incrédulo e entrando em uma mini garagem para falar com alguém (juro que pensei que ele tava indo contar do problema de horário dele e tentando desembolar, mas ele tava era perguntando se aquilo era a fila para o ônibus... esse é Javier). A Ana Paula chamou ele para furar fila com a gente (porque somos brasileiros e adoramos fazer coisa errada - a verdade é que ficamos com muita pena) e ele desceu com a gente. Depois que salvamos a vida de Javier e ele chegou a tempo para pegar o trem fomos tomar um cerveja com o Thiago, pegamos nossa mochila no hotel e pegamos o trem para Ollanta. Juro que nunca me senti tão cansada na vida e facilmente teria dormido mais uma noite em Águas Calientes. Seria muito mais inteligente pegar o trem no dia seguinte e descansar essa noite por lá. Mas como não fizemos isso, depois de pegar um taxi em Ollanta, chegamos em Cusco. Ficamos em um quarto com um casal brasileiro que iria sair de madrugada. Nem conversamos direito e, depois de um bom banho, fomos dormir.

Vista de cima, com nuvens
Chegamos no topo

Descobrimos Machu Picchu



No último dia completo em Cusco acordamos tarde e fizemos nada o dia todo. Saímos para almoçar no Nuna Raymi, outro restaurante super bem avaliado no tripadvisor e amamos. Depois encontramos Javier para tomar um café e combinamos de sair para jantar à noite. Quando voltamos para o quarto conhecemos José, outro espanhol e um menino brasileiro, que não fomos com a cara. Chamamos José para jantar com a gente e com Javier, porque Javier não sabe hablar portunhol e os dois se dariam bem. Fomos no restaurante Marcelo Batata, renomado. Foi ótimo!!! Depois fomos para um pub irlandês em frente a Plaza de Armas mas não aguentamos balada depois não. Sim, somos fracas. O José se mostrou uma ótima companhia e amamos ele.
Javier, Lilian, eu, Giovanna, Ana e José


E finalmente, chegou o último dia em Cusco. Juro que eu não queria ir embora do Peru. Amei aquele lugar (mas o povo é meio feio...). Almoçamos com o Edu, com o Thiago e um amigo alemão dele no Morena para despedir da cidade e fomos para o aeroporto (que é muito perto do centro, custa 15 soles o taxi até lá).

Sites úteis:

Ingresso para Machu Picchu: http://www.machupicchu.gob.pe/ super fácil de comprar mas só aceita cartão Visa.

Trem entre Ollantaytambo/Águas Calientes: http://www.perurail.com/



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